segunda-feira, 25 de julho de 2011

NÃO ADULTERE A LITURGIA

Caro leitor / blogueiro.

Estava dando uma lida no blog de um amigo meu (Silvinho Zabisky do Blog Beatitudes) e resolvi partilhar com vocês uma formação interessante. É de um sacerdote chamado Antonio Paes Júnior. Não o conheço porém, o mesmo Espírito nos orienta. Desta forma quis partilhar com você e com seu ministério de música. Boa formação


1. Reunião… muito bem. Ensaio… ótimo. E a oração juntos? E a adoração juntos? Se não rezam juntos, um CD seria melhor…


2. Cantores: às vezes, o silêncio é o melhor canto.


3. Cantores: o improviso é uma arma que o diabo tenta enfiar na Missa: distrai, tira a paz, irrita, causa brigas e ainda fica feio.


4. Seria bom que os cantos tivessem alguma relação ou com o Tempo Litúrgico que se vive, ou com os textos da Liturgia da Palavra do dia ou com o momento que se está na Missa.


5. Há uma diferença razoável entre banda (show, animação, bota pra quebrar) e ministério de música (celebração, adoração, corações ao alto).


6. O canto final é a última mensagem da Igreja para aquele povo que foi à Missa. Não pode ser considerado um mero “canto de dispersão da assembléia”.


7. Nunca é demais lembrar algumas orientações do Santo Padre São Pio X:


a música sacra deve possuir, em grau eminente, as qualidades próprias da liturgia, e nomeadamente a santidade e a delicadeza das formas, donde resulta espontaneamente outra característica, a universalidade.


Deve ser santa, e por isso excluir todo o profano não só em si mesma, mas também no modo como é desempenhada pelos executantes.


Deve ser arte verdadeira, não sendo possível que, doutra forma, exerça no ânimo dos ouvintes aquela eficácia que a Igreja se propõe obter ao admitir na sua liturgia a arte dos sons. Mas seja, ao mesmo tempo, universal no sentido de que, embora seja permitido a cada nação admitir nas composições religiosas aquelas formas particulares, que em certo modo constituem o caráter específico da sua música própria, estas devem ser de tal maneira subordinadas aos caracteres gerais da música sacra que ninguém doutra nação, ao ouvi-las, sinta uma impressão desagradável.


Estas qualidades se encontram em grau sumo no canto gregoriano, que é por conseqüência o canto próprio da Igreja Romana, o único que ela herdou dos antigos Padres, que conservou cuidadosamente no decurso dos séculos em seus códigos litúrgicos e que, como seu, propõe diretamente aos fiéis, o qual estudos recentíssimos restituíram à sua integridade e pureza.


Por tais motivos, o canto gregoriano foi sempre considerado como o modelo supremo da música sacra, podendo com razão estabelecer-se a seguinte lei geral: uma composição religiosa será tanto mais sacra e litúrgica quanto mais se aproxima no andamento, inspiração e sabor da melodia gregoriana, e será tanto menos digna do templo quanto mais se afastar daquele modelo supremo. (Peço licença para interromper o Santo Padre e fazer uma sugestão: os monges de Abadia da Ressurreição em Ponta Grossa tem um vasto material de Canto Gregoriano em português, por que não utilizá-lo para depois introduzir os cantos em latim?)


O canto gregoriano deverá, pois, restabelecer-se amplamente nas funções do culto, sendo certo que uma função eclesiástica nada perde da sua solenidade, mesmo quando não é acompanhada senão da música gregoriana.


Procure-se nomeadamente restabelecer o canto gregoriano no uso do povo, para que os fiéis tomem de novo parte mais ativa nos ofícios litúrgicos, como se fazia antigamente.


A Igreja tem reconhecido e favorecido sempre o progresso das artes, admitindo ao serviço do culto o que o gênio encontrou de bom e belo através dos séculos, salvas sempre as leis litúrgicas.Por isso é que a música mais moderna é também admitida na Igreja, visto que apresenta composições de tal qualidade, seriedade e gravidade que não são de forma alguma indigna das funções litúrgicas.


Todavia, como a música moderna foi inventada principalmente para uso profano, deverá vigiar-se com maior cuidado por que as composições musicais de estilo moderno, que se admitem na Igreja, não tenham coisa alguma de profana, não tenham reminiscências de motivos teatrais, e não sejam compostas, mesmo nas suas formas externas, sobre o andamento das composições profanas. (S. Pio X. Motu próprio TRA LE SOLLICITUDE)


8. Sei que alguém poderia dizer: Mas esse negócio de canto gregoriano é de antes do Concílio, o Papa São Pio X é do início do século XX… Hoje, depois do Concílio as coisas tem que ser novas. Por isso: “A Igreja reconhece como canto próprio da liturgia romana o canto gregoriano; terá este, por isso, na acção litúrgica, em igualdade de circunstâncias, o primeiro lugar.” (Sacrossanctum Concilium, n. 116)


9. Penso ser bom recordar que profano aqui não quer dizer pecaminoso, mas fora do uso litúrgico. Dou um exemplo: Eu tenho tanto pra lhe falar, mas com palavras não sei dizer… Não é uma música pecaminosa, mas profana. Fala da beleza do amor humano e outros valores muito elevados, mas não serve para a liturgia, mesmo que se diga que se está cantando para Jesus…


10. Por isso Rock, Baião, Sertanejo Universitário, Samba e outros modos musicais não podem ser utilizados na liturgia. Então, os instrumentistas tomem muito cuidado para não darem um “ar” de rock ou outros estilos musicais as músicas litúrgicas. Especialmente aquelas mais tradicionais.


11. É certo que alguns pensam que a introdução de ritmos profanos na liturgia pode atrair mais pessoas para a Igreja, seria bom recordar aqui o nosso atual Papa: “Diria que uma Igreja que procura sobretudo ser atraente já estaria num caminho errado, porque a Igreja não trabalha para si, não trabalha para aumentar os próprios números e, assim, o próprio poder.” (Bento XVI em entrevista durante a viagem para a Inglaterra. 16 de setembro de 2010).


12. Não se trata de querer as Igrejas vazias. A Igreja deve ser diferente, e os seus cantos também. E é essa diferença (que não é esquisitice) que atrai.


13. Termino com um pensamento otimista: O NOSSO POVO É CAPAZ. Não nivelemos por baixo! Não tratemos o nosso povo como pessoas ignorantes! Ensinemos com paciência, constantemente, e veremos ressurgir o que se destruiu por falta de compreensão do que ensina a Igreja.

domingo, 17 de julho de 2011

O que nasceu do Espírito é Espírito!

Nicodemos era um dos grandes homens de Israel. Membro do Sinédrio (tribunal judeu composto por sacerdotes e escribas responsáveis por julgamentos criminais e religiosos). Era chefe dos Judeus e profundamente conhecedor das Escrituras Sagradas.


Nicodemos acreditou nos prodígios que Jesus realizava e sabia que Ele não era uma pessoa qualquer. Para realizar tais milagres, Deus estava com Ele. Nicodemos admirava Jesus, mas não queria se envolver, não queria com isso perder a estima de seus amigos os fariseus. Típico Simpatizante Medroso.


Foi então ter com Jesus durante à noite, às escondidas. Queria saber mais de Jesus, mas não queria se comprometer. Perguntou e mostrou até mesmo intimidade ao dizer: “Rabi, sabemos que és um Mestre vindo de Deus...”


Mas Jesus não se convenceu com tais palavras e rebateu dizendo: “Em verdade Te digo: Quem não nascer de novo não poderá entrar no Reino de Deus.”


Irmãos, não basta crer nos prodígios do Senhor, correr de um lado para outro atrás das curas, milagres mas não passar pela experiência da Água e do Fogo do Espírito. Somos Cristãos de fato, é momento na nossa vida de termos Intimidade com o Senhor às claras, à luz do dia, diante não somente dos nossos irmãos de comunidade, mas também diante da nossa família, dos nossos companheiros de trabalho, nas nossas rodas de amigos.


Não dá pra dizer que somos servos de Deus no Ministério de Música e Artes até onde nos convém, mas esquecermos da nossa missão quando saímos do Grupo de Oração, da Vigília ou da Santa Missa.


O Senhor nos escolheu e nos amou primeiro “Mas amamos, porque Deus nos amou primeiro” I João 4, 19. O Senhor não tem vergonha em nos assumir como Filhos amados.


Reconhecemos Jesus nossa limitação e nossa pequenez, por isso: Necessário nos é Nascer de Novo. E nós queremos Senhor, nós desejamos essa experiência de passar pela purificação da Água e do Espírito Santo. Venha nos renovar Senhor, se preciso for, nos “formate” Jesus coloque em nós a “Sua forma”, o “Seu jeito”, o “Seu olhar”, o “Seu modo de pensar” e principalmente o “Seu Coração”.


“Sozinho eu não posso mais!”

Deixar Deus fazer o novo naquilo que já sei fazer!
Ana Lúcia Balancin Camargo
Núcleo Diocesano Ministério Música e Artes
RCC Brasil Diocese de Limeira